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Projeto Arquitetônico Digitalizado: por que e para que


As paredes do seu quarto a noite são quentes, de tal forma que você precisa ter equipamentos como ar condicionado ou mais de um ventilador, aumentado o gasto de energia para que esse ambiente atinja um conforto térmico para se ter um bom descanso? Ou sua sala tem quase nenhuma ventilação, fazendo com que as pessoas evitem ficar nesse cômodo, assistindo a um programa de televisão, por exemplo? Ou o seu banheiro não pôde ter uma janela, porque esta daria acesso a um cômodo interno a casa, ou inclusive a casa do seu vizinho? A sua cozinha não coube todos os eletrodomésticos ou ficou tão apertada que só dá condições apenas de uma única pessoa se locomover nela por vez?


Se sua resposta foi sim para todas, ou quase todas, esse artigo é para você!



O que é Projeto Arquitetônico?

Projeto Arquitetônico é um conjunto de plantas baixas e cortes de todos os pavimentos, e ainda locação, coberta e fachadas da edificação, o qual, através desses desenhos em perspectiva bidimensional, serve para tornar concretas as ideias de espaços que a princípio são imaginários, sejam em uma nova construção ou reforma. A partir dele, projetos mais técnicos, como elétrico e hidrossanitários, são elaborados.

Essa concepção espacial que o projeto arquitetônico garante utiliza mecanismos de linguagem com teor tecnicista e universalista, a partir do qual qualquer profissional, seja em nosso estado ou não, seja em nosso país ou não, ao se ter esse desenho em mão, consegue interpretá-lo sem dubiedade. Vale lembrar que, desde a graduação em engenharia civil ou arquitetura, se ouve que a comunicação de engenheiros e arquitetos com todos os profissionais envolvidos em uma obra é o desenho.


Necessidade social e irregularidades


Você deve ter observado durante seu trajeto de sua casa para o trabalho ou escola/faculdade um aumento significativo no número de imóveis que estão sendo construídos ou reformados. Isso é resultado do fato que muitas estruturas familiares estão crescendo e/ou sendo constituídas e buscam seu espaço, ou buscam ampliá-lo. A alternativa para isso é construir ou reformar.


Essa demanda, que deve ser suprida já que se ter uma moradia que promova conforto e bem estar é algo básico do ser humano, gera consequências diretas e, muitas vezes, negativas no aspecto urbanístico da cidade. Como? Construções irregulares, causando risco de vida e sem atender às necessidades que os indivíduos possuem, além do aumento de construções verticais. Para se ter uma idéia, Recife é a nona cidade com mais domicílios tipo apartamento do Brasil, segundo uma pesquisa inédita realizada pelo ZAP Imóveis, que detalhou os dados do último Censo realizado pelo IBGE e criou o ranking em 2018.


A problemática aqui não é o ato de construir ou reformar, mas como isso está sendo feito.


“No mês em que a ONU comemora o “outubro urbano”, o Brasil toma conhecimento de dados preocupantes em relação a obras particulares de suas cidades. Pesquisa inédita realizada pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR) e pelo Instituto Datafolha mostra que a maioria das reformas ou construções particulares no Brasil é feita sem a assistência de um profissional especializado, em desrespeito às leis e normas vigentes no país. Segundo a pesquisa, realizada com 2.419 pessoas em todo o Brasil, 54% da população economicamente ativa já construiu ou reformou imóvel residencial ou comercial. Desse grupo, 85,40% fizeram o serviço por conta própria ou com pedreiros e mestres de obras, amigos e parentes. Apenas 14,60% contratou arquitetos ou engenheiros.”


Por que preciso de um Projeto Arquitetônico?



O fato de se ter uma equipe de profissionais e um projeto arquitetônico pensado e elaborado por estes implica em espaços que atenderão às necessidades e ao bem-estar de quem usufruirá desses ambientes, desde parâmetros estéticos até funcionais. Vale lembrar que isso também é válido para uma edificação comercial e não apenas residencial.


Esse projeto surge numa coleta de dados e informações, por exemplo, um casal pretende construir sua casa. Duas perguntas, dentre várias, que podem ser feitas, são: “Pretende ter filhos? Se sim, quantos?” e “Algum de vocês trabalha em casa?”. Essas perguntas revelam a necessidade de se ter um número “x” de quartos e um ambiente tipo escritório. Agora pense em uma família, que por algum motivo, precisa reformar. Certamente precisaremos entender o que está causando essa necessidade de remodelar os cômodos, como também se você irá ter um comércio, como dimensionará cada ambiente de forma que ele todo seja otimizado e seguro. Perceba que um bom projeto dimensiona e posiciona cada ambiente de maneira ótima e inclusive sugere mecanismos e materiais construtivos que minimizem problemas e gastos. E é através de vários croquis, que são desenhos ou rabiscos, que se chega à ideia final para o cliente. Isso não significa, porém, que durante a elaboração do projeto arquitetônico não se possa fazer alterações no que diz respeito à disposição dos elementos.


Como dito acima, em 2015 mais que 80% dos brasileiros não utilizam os recursos humanos técnicos, arquitetos e engenheiros civis, em sua obra. Sem perda de generalidade, podemos inferir que tais edificações não tiveram o básico, muito necessário para qualquer nova obra ou reforma: o Projeto Arquitetônico.


E o seu imóvel, está regularizado? Caso você não tenha em mãos esse projeto podemos concluir que a situação do seu imóvel não está legal diante da prefeitura já que este é um dos documentos pedido no momento que você se dirige ao órgão responsável do seu município. Portanto, é importante procurar o realizar seu projeto o quanto antes, evitando complicações futuras. Deve ter em mente que, além do arquitetônico, dois outros projetos também são requeridos no processo de regularização do imóvel pela prefeitura, o PCI (Projeto de combate a Incêndio) e o Memorial Descritivo.



Nessa altura do campeonato, você já deve ter entendido que os problemas mencionados lá no início desse artigo poderiam ter sido evitados se houvesse tido, de fato, um projeto arquitetônico. Mas será que a única vantagem do projeto é atender as necessidades individuais de cada cliente? A resposta obviamente é não. O projeto arquitetônico custa, em média, 3% a 12% do valor total da obra, no entanto ela evita gastos financeiros e desperdícios de materiais, já que um orçamento mais detalhado e realístico pode ser feito, saindo do “achismo”. Além disso, uma nova tecnologia vem reduzindo ainda mais os custos das obras, a tecnologia BIM.



Tecnologia BIM?

Quando nos referimos a projetos arquitetônicos nos dias atuais, não podemos dissociar da tecnologia BIM, a dominante no mercado da construção civil, e que tomará conta em poucos anos. A sigla BIM se refere a um termo em inglês (Building Information Modeling), ou seja, é uma tecnologia que permite agregar mais informações a elementos específicos de certo projeto, além de conseguir reunir diversos projetos em uma mesma plataforma, o que faz com que eles interajam e aponte possíveis erros. Os fatores que levaram a adaptação do mercado para essa tecnologia são os mais variados e vão desde otimização de tempo até integração de projetos ou até mesmo redução de custos. É fato que softwares de tecnologia BIM irão tomar conta do mercado em pouco tempo e logo será requisito na entrega de um projeto arquitetônico à prefeitura.


“Os orçamentos ultrapassavam, em média, 10% do valor previsto antes do BIM. Com a ferramenta, isso se inverteu e tem havido um decréscimo. Isso porque ele permite planejar com precisão, alocar recursos, evitar desperdícios e retrabalho. E ainda o cliente consegue enxergar aquilo que você entrega” insinua Paulo Sanchez, líder do projeto Disseminação do BIM. Logo, é indispensável a utilização dessa tecnologia nos projetos mais atuais, a fim de garantir todos os benefícios oferecidos.


Atualmente, todos os projetos são realizados em softwares que permitem preservá-los, por gerar um produto em mídia digital, facilitando a elaboração e mudanças do mesmo. Existem inúmeras plataformas que dão esse suporte, umas mais eficientes que as outras. Nós, da Prisma CSE, utilizamos o Revit, que está inserido nesse contexto novo e tecnológico do BIM, onde todos os projetos estão interligados, e uma alteração em um, instantaneamente alterará os demais, evitando, por exemplo, que uma tubulação hidráulica tenha que passar em elemento estrutural, ou esquecer de mudar as dimensões de janela e porta de um determinado cômodo. Esse processo de (re)desenhar um imóvel nessas plataformas, se chama digitalização de plantas, e é exigida, como foi dito, no momento da aprovação da sua edificação na prefeitura, necessário quando você pretende vender, alugar, repassar seu imóvel, com a regularização junto aos órgãos competentes. Então, por isso não perca mais tempo! Entre em contato conosco e solicite já um orçamento gratuito para regularizar o seu imóvel!




 

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